
Permaneço calada,
num quadro belo
onde nada tem valor próprio,
valor verdadeiro,
valor inconfundível.
Nada,
nesta minha visão,
se confunde com o meu ser.
Nada,
extensível a mim,
se contorce,
se atropela na minha avenida da vida.
Tudo o que me rodeia
é fiel,
é inimitável,
dependente
aos traços da existência.
É impossível imaginar
um completo silêncio
vagueando
por entre o vento,
por entre o vago,
emanando lágrimas,
propagando a minha raiva,
o meu ódio,
a minha dor...
Patrícia Cruz
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