Desabafos...



Quem não precisa de desabafar de vez em quando? Mesmo que seja apenas por um minuto, escrever no teclado é um mecanismo de defesa que nos liberta...
Desabafar, comentar, às vezes "cuscar"...sim, vamos a isso!



sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

"Professor Titular" visto pel'A Bola

Texto do jornal A Bola:

"As nossas escolas lançam-se, definitivamente, na arrojada experiência do mundo da bola.
Com uma Ministra apostada em ser um género de Scolari da educação, o Ministério investe na divisão sectarista entre (professores) titulares e suplentes.
Os titulares serão, então, convocados à luz de uma escolha surpreendente.
Mais importante do que saber dar aulas e ter sucesso na relação educativa com os alunos, interessará saber como pisar a alcatifa dos gabinetes, ter prática de carreira burocrática fora da sala de aulas e, acima de tudo, não ter tido lesões que obriguem a paragens mais ou menos longas no Campeonato, mesmo que por culpa de qualquer sarrafada alheia.
A táctica é, pois, não ter vida para além do dever.
O destino é entregar a titularidade professoral aos mais dignos ratos de sacristia.
Por isso, não bastará saber marcar golos.
E, tal como em alguns clubes de futebol manhosos, é preciso não esquecer de elogiar o presidente e ser de uma fidelidade canina ao treinador.


Vítor Serpa,
Director In jornal A BOLA (pág. 9)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Drago(n) power

Ana Drago, sem papas na língua, a confrontar a ministrazeca!!
Ahhhhhh valente!!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Sossego...precisa-se

Mal consigo escrever.
Os braços não obedecem às minhas ordens, sinto-me tão fraca.
Já me disseram: “Tens febre, de certeza!”, “Vai ao médico, não estás bem.”
Mas tenho que aguentar. Afinal, estou numa sala onde o barulho é mínimo, quase inexistente. O pior vem aí, a tal turminha de alunos que não sabem o significado de ‘respeito’, ‘silêncio’, ‘calma’, ‘levantar o braço para falar’, ‘não perturbar’, etc, etc.
Aí sim, vai ser dose!
E ainda por cima não vim prevenida com uns comprimidos milagrosos contra a dor de cabeça.
Realmente, as minhas semanas de trabalho terminam em pleno: último tempo – a tal turma…
Tenho andado ocupadita, por isso não tenho vindo aqui desabafar, escrever. Apenas colo algumas cenas interessantes (no meu ponto de vista) que me enviam por correio electrónico. Como por exemplo o link do hi5 da Sr.ª Ministra (LOL). Chorei de tanto rir, principalmente com os comentários às suas fotos. Quer dizer, logo agora que cancelei a minha conta no hi5 é que descobri que a Lurdinhas também lá está. Mas o grande problema do hi5 é a facilidade que permite aos invasores de PC’s entrarem nas nossas máquinas e vasculharem, abrirem, copiarem os documentos e ficheiros que guardamos. E acreditem, não é difícil usar o hi5 como porta de acesso a máquinas. Por isso cancelei. Que me desculpem os amigos, mas mais vale prevenir pois não dá para remediar.
Ai ai, tantos espirros, estou definitivamente constipada...com este sol…esta temperatura agradável…e com um fim-de-semana prometedor à minha frente (pensava eu). Mas vou fazer os km previstos e maravilhar-me novamente com aquela paisagem deslumbrante.
Acho que, mais uma vez, vou estar ausente e com poucas oportunidades de vir ao blog para descarregar o que me vai na alma.
Até já, fiquem bem!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Professores defendidos publicamente por director de jornal

Bem merecia ser impresso e afixado em todas as Salas de Professores e Comissões Executivas das escolas deste país...


A Educação, a bateria e a especialização


Ao contrário da Economia, da Justiça ou da Saúde, em que são habitualmente
chamados a pronunciar-se os profissionais da área respectiva, na
Educação todos se sentem habilitados a dar palpites sobre o sector e sobre as
reformas que são ou não necessárias. Cada vez mais, o estatuto da Educação
se assemelha ao do futebol: como toda gente deu pontapés na bola na infância
e na adolescência, acha que domina a arte de colocar a bola no fundo da baliza.
Na Educação, também todos passámos pelos bancos da escola e/ou somos
pais e, por isso, nos sentimos habilitados a dar palpites sobre Educação e a
fazer os mais definitivos diagnósticos sobre o sector.
Basta ligar a televisão ou um qualquer jornal, para vermos políticos,
economistas, psicólogos, psiquiatras, advogados, jornalistas ou fabricantes de
garrafas a pronunciarem-se de cátedra sobre o assunto. E aqui reside o principal
erro que se comete em Portugal em matéria de Educação. Há a ideia generalizada
de que este não é uma matéria que exija especialização. Contudo,
qualquer professor consciente sabe que, pelo contrário, é um sector que exige
uma enorme especialização e experiência.
Há muitos anos atrás, quando um grupo de adolescentes queria formar
uma banda de garagem, quem ficava a tocar bateria era quem não sabia tocar
nenhum outro instrumento. Hoje a bateria é motivo de teses de mestrado, mas
numa época de pouco conhecimento considerava-se que qualquer pessoa
era capaz de dar umas batidas nos pratos. Na política portuguesa também é
assim: para ministro da Justiça escolhe-se um advogado ou um juiz, para a
pasta da Economia escolhe-se um economista, para a pasta da Saúde vai um
médico ou professor de Saúde Pública. Para a Educação, vai qualquer um. Não
é necessário nem especialização nem o conhecimento do sector. Extraordinário!
Ninguém se lembraria de escolher um veterinário para ministro das
Finanças, mas toda a gente achou natural que a economista Manuela Ferreira
Leite ascendesse à pasta da Educação. Também toda a gente achou normal
que os engenheiros mecânicos Couto dos Santos e Marçal Grilo (este com
algum contacto com o sector) passassem a inquilinos do prédio da 5 de Outubro.
Ou que David Justino, autarca e professor do ensino superior, ocupasse as
mesmas funções.
Nada mais pacífico, por isso, que Santana Lopes tivesse convidado uma
especialista de telecomunicações para o cargo, com os resultados trágicos que
se conhecem. Posto isto, quem se admiraria ao ver José Sócrates convidar
uma professora de Sociologia, sem qualquer currículo conhecido na área do
ensino básico ou secundário para o cargo? Aliás, parece que todas as profissões
dão excelentes currículos para ministro da Educação, excepto uma: a de
professor dos ciclos de ensino respectivos!
Quando foi conhecido o nome de Maria de Lurdes Rodrigues para a pasta
da Educação, todos se interrogaram quem seria a nova titular, uma vez que
ninguém a conhecia. Além de algumas obras publicadas, que nada tinham a
ver com o ensino secundário, sabia-se que era presidente do Observatório das
Ciências em Portugal. Contudo, logo os jornalistas descobriram uma "qualidade"
na nova ministra que a qualificava para o cargo: era conhecido o seu mau
feitio. Não demorou muito a que os portugueses demorassem a descobrir que
o critério "mau feitio" era extensivo aos seus secretários de Estado. Um critério,
no mínimo estranho, numa pasta que envolve milhões de pessoas e em
que a capacidade de comunicação deveria ser prioritária.
Existem quase 150 mil professores em Portugal a trabalhar no ensino
básico e secundário, mas, ao que parece, nenhum sabe suficientemente de
educação para desempenhar o cargo. É caso para perguntar o que fazem estes
milhares de professores durante dias, meses, anos ou décadas de profissão. Se
dia após dia, não se estão a especializar em Educação, então o que estão a
fazer?
Aprender a fazer horários, conciliando uma complexidade de factores,
não é especialização? Dirigir uma escola não é especialização? Gerir uma turma
de alunos desestruturados não é especialização? Contudo, parece que em
Portugal, todo este conhecimento fundamental não habilita nenhum dos profissionais
de Educação a dirigir o ministério respectivo. Extraordinário!
Ao invés, parece que o que habilita alguém para o cargo é nunca ter
dado uma aula na vida no sector que vai dirigir! Ou que não faça a mínima
ideia do que sejam as dinâmicas dentro de uma sala de aula. Não será esta
sistemática ostracização dos professores, afinal, uma falta de consideração da
classe política para com os profissionais de Educação deste País?
Como se pode conceber que conhecer o sistema por dentro nada valha
para a classe política? Como se admite que, se não me falha a memória, nem
um único professor tenha sido convidado para ocupar o cargo de ministro ou
de secretário de Estado neste País nas últimas décadas? Será que aos professores
do ensino básico e secundário está reservado o estatuto de menoridade
mental e profissional, apesar das provas de bom senso que revelam todos os
dias?
Com o devido respeito, enquanto cidadão, considero que os professores têm
cumprido incomparavelmente melhor as suas funções do que a classe política.
Se alguma dúvida houvesse, bastaria ver o estado em que encontra este País.
Por outro lado, convém lembrar que a responsabilidade das políticas educativas
erráticas e inconsequentes é da classe política, não dos docentes, que
apenas as executam
As estatísticas e o sucesso educativo
Os portugueses têm assistido, com alguma perplexidade, às queixas da senhora
ministra da Educação sobre as taxas de insucesso e abandono escolar. Afinal,
a um ministro da República não se pede que se queixe, mas que resolva
os problemas. Para isso tem, primeiro, de conhecer a realidade. Contudo, os
argumentos que a senhora ministra e os seus secretários de Estado têm trazido
para a comunicação social mais não revelam que um profundo desconhecimento
do trabalho produzido nas escolas.
As questões são simples e quem está no terreno conhece as soluções há
muitos anos. O entendimento entre os professores não é difícil e, regra geral
há consenso sobre a forma de resolver os problemas. Aliás, os profissionais,
seja qual for o ramo de actividade, conhecem sempre muito bem os problemas
da sua área de actuação e, por isso, as soluções também são geralmente consensuais.
As dificuldades surgem quando aparecem políticos, que não conhecem
a verdadeira dimensão dos problemas, a Governar sectores que não
dominam. O resultado traduz-se invariavelmente em contestação dos profissionais
em causa e medidas avulsas e inconsequentes.
Há anos que os professores deitam as mãos à cabeça com as medidas
apresentadas pelos sucessivos governos, cada uma pior que a outra. Com a
sua proverbial paciência, professores e conselhos executivos tentam implementar
o que, muitas vezes, não tem qualquer viabilidade ou aderência à realidade.
Se a autonomia das escolas lhes permitisse rejeitar muitas das directivas
absurdas que lhes chegam anualmente, por certo, muito dinheiro pouparia
o País e muita eficácia ganhariam as escolas.
Mas vamos às queixas da senhora ministra. Para responder a estes
questões, não precisamos de comissões de sábios ou de espertos (tradução
livre do Inglês), qualquer professor esclarecido conhece as soluções. Porque é
que os alunos não completam o 12º ano? A resposta é curta e simples: o elevado
grau de abstracção dos actuais programas do 12º ano não é compatível
com o perfil de uma parte significativa da população escolar.
O problema não está nos alunos nem nos professores nem nos pais nem
sequer no sistema de ensino, mas nos programas, que foram criados com a
função de preencher anos pré-universitários. Ora, quem não tem perfil universitário
- e são muitos - também não tem perfil para frequentar o actual 12º
ano. Se o País quer que a generalidade dos alunos completem o 12º ano tem
de lhes propor outras competências, de menor abstracção e complexidade,
seja através de cursos profissionais ou outros. E ponto final.
Volto à questão da necessidade de especialização da escola. O Ministério
da Educação olha para a população escolar como uma massa uniforme e, por
norma, propõe soluções universais para problemas bem distintos. Erro crasso.
Já dizia, Descartes que os problemas complexos se devem decompor em problemas
simples, para que se possam resolver.
Ora, com a democratização do ensino, toda a população jovem passou a ter
acesso à escola. E com ela chegaram novos problemas às escolas que exigiriam
soluções diferenciadas. Contudo, o Ministério da Educação continua a
comportar-se como se a população escolar tivesse a mesma homogeneidade
de há 30 anos. Não tem. A população escolar de hoje é altamente heterogénea,
uma consequência da universalidade do ensino.
Os três nós górdios do ensino secundário
1) O atraso mental ligeiro
Numa linguagem simplificada, eu diria que há três tipos de novos utentes
que acederam à escola nas últimas duas ou três décadas e que têm sido
ignorados pela classe política. Uma dessas classes, de que nunca se fala, é a
população escolar menos favorecida intelectualmente. Não há que ter pudor ou
vergonha em falar no assunto, eles existem, há que assumir essa realidade.
Há 30 anos, não passavam do 1º ciclo, hoje frequentam o terceiro ciclo e pretende-
se que cumpram no futuro 12 anos de escolaridade.
A população escolar não deve ser dividida numa grande maioria, inteligente,
e numa pequena minoria, deficiente. Não. Há uma fatia intermédia da
população escolar que, não sendo considerada deficiente, possui, no entanto, o
que definiria, ainda que sem rigor científico, como grau de atraso mental ligeiro.
Todavia, não é politicamente correcto admitir que existem alunos intelectualmente
limitados, todos preferem assobiar para o lado e fingir que o problema
não existe.
Por certo, até hoje nenhum ministro da Educação se lembrou de pedir o
perfil da população escolar em termos de Quociente de Inteligência (QI). Seria
um exercício interessante confrontar esses resultados com as exigências dos
programas escolares. Ora, o Ministério da Educação continua a exigir a estes
jovens menos dotados intelectualmente aquilo a que eles não conseguem corresponder.
Numa estimativa meramente empírica, baseado na minha própria
experiência de professor, diria que esta população não andará longe dos 10%,
o que, concordemos, é um número muito significativo.
Na minha opinião, há que olhar para este problema de forma integrada
pois os cursos profissionais apenas o resolverá em parte. Não esqueçamos
que, num mundo globalizado, cada vez se exige mais dos profissionais, seja
qual for a área. E hoje, exige-se muito a um electricista, um jardineiro ou um
mecânico, bem mais do que estes alunos poderão eventualmente dar.
Por isso, mesmo depois de formados, dificilmente estes jovens poderão
competir de igual para igual no mercado de trabalho. As limitações intelectuais
não desaparecem só porque frequentaram cursos de formação e, por isso,
seria importante que o Governo criasse bolsas de trabalho protegidas, quer no
Estado quer no sector privado, através de protocolos com as empresas.
Não entendo, por exemplo, porque é que pessoas com QI médio ocupam
postos de trabalho no sector da limpeza, quando este, por ser menos exigente,
deveria ser um sector de mercado de trabalho protegido dirigido para
pessoas de QI baixo, que dificilmente conseguirão emprego estável noutras
áreas. O que a sociedade não pode é marginalizar estes jovens nem deixar de
lhes oferecer uma colocação profissional compatível com as suas limitações
intelectuais. E ao ignorar as suas limitações, o Estado está a empurrar involuntariamente
estes jovens para a marginalidade social.
2- a) O mundo das famílias desestruturadas
O segundo tipo de utente que tem acedido à escola nas últimas décadas
é o das chamadas famílias desestruturadas. Antes de 25 de Abril de 1974,
estes jovens eram perseguidos e marginalizados pelos próprios professores,
seguindo as directrizes e as práticas do Ministério da Educação. Se não eram
expulsos, eram tão maltratados que acabavam por abandonar as escolas na
primeira oportunidade.
Contudo, hoje fazem parte da população escolar e, reconheça-se, de
pleno direito. No entanto, mais uma vez, o Ministério da Educação não os
reconhece como segmento de população escolar diferenciado e remete a solução
dos problemas que causam no normal desenrolar da vida escolar para as
escolas, sem os correspondentes meios.
Aqui, as soluções para a resolução deste problema dividem-se. A Alemanha
decidiu criar escolas de nível regular, médio e máximo e dar aos pais a
opção de escolherem a escola dos seus filhos. A formação dos professores, ao
que me informaram, também é diferenciada: os das escolas regulares têm
competências reforçadas ao nível do comportamento e integração social e os
das outras escolas ao nível científico. Confesso que me inclino, cada vez mais,
para esta opção porque é a que mais atenção dá aos diversos públicos-alvo.
A outra opção passa por manter a actual heterogeneidade das turmas. Contudo,
também aqui há limites inultrapassáveis, como o número de alunos problemáticos
a nível de comportamento por turma. Por norma, um professor
consegue gerir satisfatoriamente uma turma com um ou dois alunos problemáticos,
mas jamais conseguirá gerir com sucesso turmas com 10 ou 15 alunos
problemáticos. Neste caso, o rendimento escolar fica irremediavelmente comprometido.
Bem pode o professor "fazer o pino", pois em Educação não há
milagres.
Ora, hoje em dia o Ministério da Educação impõe que as turmas só possam
ser desdobradas se tiverem mais de 30 alunos, exceptuando se tiverem
alunos com algum tipo de deficiência. Ora, os alunos desestruturados não são
deficientes e, por isso, hoje há turmas com 10 ou 15 alunos problemáticos
integrados em turmas de 30 alunos. O resultado só pode ser trágico, quer para
os alunos problemáticos, que não têm a atenção que lhes é devida, quer para
os restantes, que não conseguem aprender o que deviam. Obviamente, a culpa
aqui não é dos professores, mas das regras absurdas impostas pelo Ministério
da Educação.
Ainda nesta opção, é absolutamente indispensável que a indisciplina
orgânica não se torne norma na aula. A sala de aula é um local de trabalho,
não o prolongamento do recreio. Contudo, cada vez é mais difícil distinguir o
recreio da sala de aula. Ou é o auscultador que o aluno coloca mais ou menos
discretamente no ouvido, ou é o telemóvel, ou o caderno e o livro que não são
trazidos para a aula, ou a conversa irreverente com o parceiro do lado enquanto
o professor tenta explicar a matéria, tudo isto perturba enormemente uma
aula e reduz drasticamente a aprendizagem.
Ora, esta indisciplina orgânica deve ser muito mais penalizadora para o
aluno do que é actualmente. A solução, do meu ponto de vista, passa por criar
um núcleo disciplinar dentro de cada escola. Se um aluno desrespeita sistematicamente
as regras de comportamento na sala de aula, deve ser obrigado a
sair, mas não para regressar 10 ou 15 minutos depois à aula seguinte, continuando
a ter o mesmo comportamento. Alguém que é expulso de uma aula
por mau comportamento deveria ficar até ao final do horário escolar numa sala
disciplinar, acompanhado por dois professores, com o perfil adequado para o
efeito. Isto já é feito, com êxito, em escolas americanas.
Outra medida poderia passar pela mudança compulsiva de turma ou até, de
estabelecimento de ensino, bastando para tal uma avaliação negativa do comportamento
do aluno, devidamente fundamentada, por parte do conselho de
turma. Só assim, o combate à indisciplina será suficientemente dissuasor. O
actual modelo do processo disciplinar, burocrático, interminável e permissivo,
não tem qualquer eficácia e deveria ser reservado apenas a casos de violência,
física ou verbal. Muitas vezes, quando chega ao fim o processo disciplinar, já
acabou o ano lectivo. E, na maior parte das vezes, a pena é tão simbólica que
põe o sistema a ridículo.
2-b) A violência na escola
Ainda dentro do capítulo das famílias desestruturadas, é preciso considerar
o caso-limite da violência nas escolas, que afecta, sobretudo, a periferia
das grandes cidades. O Ministério da Educação não pode remeter o problema
para as escolas, lavando daí as suas mãos como Pilatos. Pior ainda quando
decide acusar de incompetência os professores e as escolas em dificuldade,
com o extraordinário argumento de que há escolas que têm êxito em situações
idênticas.
Aliás, nos célebres vídeos da RTP, a estratégia do secretário de Estado
passou (surpresa!) por tentar culpabilizar os professores em causa pela violência
nas aulas, quando se percebe claramente que há naqueles alunos uma
agressividade perfeitamente anormal que exigiria um apoio especializado
acrescido àquelas escolas. Aliás, esta é a estratégia recorrente dos responsáveis
do Ministério da Educação: quando algo não está bem, a culpa é invariavelmente
dos professores. É a visão simplex da Educação.
No caso dos vídeos na RTP, seria previsível que os responsáveis do ME
tomassem medidas para resolver os problemas de violência nas escolas. Todavia,
logo surgiu a notícia de que o Ministério iria tentar acusar a direcção das
escolas de violação do direito de imagem, apesar de ninguém ser identificado
na reportagem. Fantástico!
3- O problema da motivação
Um terceiro grupo problemático é o dos alunos que, devido a problemas de
motivação ou bloqueios emocionais não conseguem ter um rendimento escolar
normal. Muitas vezes, falta de motivação e de resultados não implica mau
comportamento nas aulas. Muitos factores podem estar associados a estes
problemas. Um deles é conhecido como hiperactividade ou défice de atenção.
Segundo o pedopsiquiatra Nuno Lobo Antunes, 7,5% da população escolar tem
este problema. Numa escola de 1300 alunos, 100 alunos sofrerão assim deste
problema. Uma multidão.
E qual é a resposta do Ministério da Educação para este problema, que
exige tratamento médico especializado? A informação que tenho é que a única
consulta do Estado na região, localizada no Hospital de Leiria, tem uma lista de
espera de 7 meses... No sector privado, uma consulta da especialidade pode
chegar aos 100 euros, bem longe do alcance da maioria dos pais.
Diante deste cenário, que razão tem a senhora ministra da Educação
para se queixar dos maus resultados escolares dos alunos? Além destes, existem
muitos outros problemas de saúde que explicam o baixo rendimento dos
alunos, como dislexia, problemas de visão, audição, etc., muito mais frequentes
do que se pode imaginar e que dificilmente os professores conseguem
detectar.
Ainda relativamente à motivação, que soluções propõe o Ministério da
Educação para os inúmeros casos de falta de acompanhamento dos alunos por
parte dos pais? É um erro de palmatória pensar que os professores podem
substituir os pais no acompanhamento parental. Com 5 ou 6 turmas de 25 a
30 alunos e horários rígidos, perfazendo 100 a 150 alunos a seu cargo diariamente,
os professores não têm nem tempo nem vocação para fazer esse
acompanhamento. O resto não passa de fantasias delirantes. Ponto final.
A "solução" do Ministério da Educação de alargar os horários escolares
para permitir o melhor acompanhamento desses alunos dificilmente terá qualquer
eficácia. Primeiro, porque não é em 45 minutos ou mesmo 90 minutos
que se consegue dar o mínimo de acompanhamento parental a grupos de 5, 10
ou 15 alunos. Em segundo lugar, mais horas num horário escolar já sobrecarregado
soa como um castigo extra para os alunos, que, ao fim do dia, já estão
cansados e stressados e só querem ir para casa descansar.
Outra medida inconsequente são as chamadas aulas de substituição. Se
elas são compreensíveis no 1º ou 2º ciclo, dada a tenra idade dos alunos, que
exige uma supervisão apertada, o mesmo não acontece no 3º ciclo e no ensino
secundário, onde os alunos já dispõem de razoável autonomia. O argumento
da senhora ministra de que se os alunos não estiverem na sala de aula andam
pelos cafés a embebedarem-se não colhe.
Em primeiro lugar, se as escolas não estão vedadas, é obrigação do
Ministério da Educação fazê-lo. Os alunos devem permanecer no espaço escolar
durante o tempo do horário escolar. E a esmagadora maioria dos alunos
portugueses não são bêbados nem toxicodependentes, são jovens que precisam
de brincar e de socializar, coisa que sempre fizeram de forma saudável.
Com esta medida, a senhora ministra impede os alunos de o fazer no recreio.
A consequência é que transformam o espaço da sala de aula, que deveria ser
sagrado e reservado ao estudo, no recreio. Os resultados desta medida em
termos de cultura escolar são, obviamente, catastróficos.
As medidas piedosas e populistas do Ministério da Educação, que podem
parecer óptimas para pais e leigos na matéria, traduzem-se afinal em mais
custos para os contribuintes e resultados nulos. Este é mais um exemplo de
que a Educação precisa de especialização e que os especialistas deste sector
não são gestores, sociólogos ou engenheiros mecânicos, mas professores.
E, já agora, qual é a penalização (ou incentivo) para os pais que nem sequer
vão à escola quando são solicitados? Será que o sucesso educativo não passa
pela responsabilização de todos os intervenientes no processo educativo? Muito
francamente, não me parece sério um discurso que só procura responsabilizar
uma das partes e se demite totalmente de responsabilizar os outros intervenientes
no processo. Ou será que o Ministério da Educação optou por afrontar
apenas os professores por serem apenas 150 mil e não tem coragem de responsabilizar
pais e alunos, por estes serem 3 ou 4 milhões?
A avaliação dos professores
a) Os "maus professores"
Em quase 20 anos de ensino, contam-se pelos dedos de uma mão os
comportamentos não responsáveis de professores que observei. Por isso, é
com perplexidade que ouço falar da necessidade de punir os "maus professores".
De que País estamos a falar: da Somália, do Sudão ou do Burkina Faso?!
Com certeza os professores são humanos, terão seguramente personalidades
muito diferentes, qualidades e defeitos, mas, se há classe que me merece confiança,
é a dos professores.
De resto, numa profissão sujeito ao escrutínio de tanta gente, dificilmente
algum professor não cumprirá as suas obrigações. Qualquer aluno,
encarregado de educação ou professor se pode queixar ao conselho executivo
da escola e todas as queixas são tidas em conta, consideradas e dado o devido
encaminhamento. Os casos poderão depois ser passados à inspecção que os
analisa a pente fino e, mesmo assim, raras são as condenações de professores.
Só quem não percebe nada do que são as escolas portuguesas - e muitos
são, incluindo a maioria dos jornalistas - consegue acreditar na fantástica
tese de que o problema do ensino secundário reside na qualidade dos professores.
Lembro que a quase totalidade dos professores são pessoas formadas e,
como já sublinhei, têm de dar diariamente provas de bom senso. Na verdade,
o que falta nas escolas são regras eficazes a todos os níveis e flexibilidade na
gestão.
Por isso, é lamentável que a campanha de difamação dos professores
parta precisamente dos responsáveis do Ministério da Educação. E mais lamentável
ainda é que num dia lancem lama sobre a classe, para logo no dia
seguinte virem dizer que não era bem assim, e que a culpa é do jornalista que
deu a notícia. A senhora ministra acusou os professores de só se preocuparem
com as boas turmas e de as colocarem de manhã para os funcionários da escola
colocarem lá os seus filhos. Ora, isto é uma acusação claríssima de corrupção.
Em quase 20 anos de profissão, nunca observei tal prática e, por isso,
considero que a senhora ministra difamou os professores. Em primeiro lugar,
com a natalidade em queda, não me parece que os professores tenham assim
tantos filhos e menos ainda na escola onde leccionam. Da minha experiência,
cada escola talvez tenha em média dois ou três filhos de professores a estudar
na mesma escola enquanto há 20 ou 30 turmas por escola. Além disso, muitos
são os professores que têm os filhos a estudar noutras escolas, públicas ou
privadas.
Por aqui se vê que essa acusação não tem qualquer base de sustentação.
No entanto, a ser verdade esta prática nalguma escola, a obrigação da
senhora ministra era mandar a Inspecção averiguar, não lançar lama contra
uma classe profissional inteira.
Por outro lado, a comparação dos professores com os médicos é, uma
vez mais, reveladora do desconhecimento que a senhora ministra tem da profissão
docente no ensino secundário. A cura da doença dos pacientes só
depende do médico, mas a aprendizagem dos alunos não depende só do professor.
Só por desonestidade intelectual e/ou leviandade se podem comparar
situações tão distintas.
b) A avaliação fantasma dos pais
Os alunos não aprendem por um conjunto variado de factores, que já
atrás referi, e dos quais o Ministério da Educação é o principal responsável. Os
professores fazem o melhor que podem e sabem. De resto, a intenção persecutória
dos responsáveis do Ministério da Educação contra os professores e as
suspeitas públicas quanto ao seu profissionalismo são claras. A última afronta
é a proposta de Estatuto da Carreira Docente.
Com efeito, a proposta de avaliação dos professores por parte dos
encarregados de educação parte da suspeita não confessada de que os professores
não são responsáveis. Assim, os pais (supostamente cidadãos responsáveis)
controlariam os professores (supostamente profissionais irresponsáveis).
A medida, tão populista como perversa, mereceu a reprovação da maior parte
dos partidos, do Bloco de Esquerda ao CDS, e até da generalidade dos comentadores,
sempre tão benevolentes com os actuais responsáveis do 5 de Outubro.
A proposta não sobrevive ao mais rudimentar escrutínio. Primeiro, como
podem os pais avaliar professores, se nem sequer os conhecem? Por outro
lado, se não os conhecem, as informações em que se baseiam são transmitidas
pelos filhos, de 10, 13 ou 16 anos! Ora, que maturidade tem uma criança ou
adolescente para avaliar um professor?
Por outro lado, é preciso não esquecer que entre professor e aluno também
existe uma relação de poder. E deixar na mão de um adolescente o poder
de avaliar o educador é uma total perversão. O poder do educador não pode
ser diminuído pelo receio de uma revanche do aluno. No limite, uma turma de
marginais terá o professor na mão, porque se este os afrontar leva com uma
avaliação negativa e o seu salário será diminuído. Em termos de relação de
poder, é como se um juiz passasse a ser avaliado pelas pessoas que tem de
julgar! Um completo absurdo.
E nem a tentativa da senhora ministra de tentar fugir à questão, dizendo
que este é apenas um acto de avaliação, entre muitos outros, é minimamente
admissível. Não é por ter menos peso que a proposta se torna mais
séria ou aceitável! Além disso, um trabalhador não pode ver o seu desempenho
avaliado por factores subjectivos, de que nunca poderá recorrer, deve ser
avaliado em função de critérios objectivos. A avaliação profissional é uma coisa
séria, não pode ser uma lotaria.
A insinuação de que os professores não querem ser avaliados é outra
peça na campanha contra a classe que circula pelos média. A verdade é que os
professores já eram avaliados até aqui, dependendo a aprovação da frequência
de acções de formação e do cumprimento das tarefas atribuídas. É certo que o
processo de avaliação não era muito exigente, mas a responsabilidade é, naturalmente,
dos responsáveis do Ministério da Educação que aprovaram essa
legislação, não dos professores, que se limitaram a cumprir o estipulado.
c) O mito da falta de assiduidade
Faço aqui um parêntesis para abordar a questão da assiduidade, que
tem sido alvo de uma campanha demagógica contra a classe docente. Em primeiro
lugar, o ensino é uma profissão maioritariamente de mulheres. Ora, tradicionalmente,
quem cuida dos filhos quando estes estão doentes são as
mulheres, sem falar que mulheres engravidam e, por isso, também têm por
vezes de faltar por razões de saúde. Por isso, é natural que a assiduidade seja
menor entre os professores que noutras profissões. Qual é a alternativa? Querem
que as professoras deixem os seus filhos ao abandono?
Por outro lado, a falta de um professor tem uma repercussão social
ampliada. Quando um funcionário falta numa repartição o utente raramente dá
por isso. No caso dos professores, quando um deles falta um único dia, há 150
alunos que dão pela sua falta e que contam a 300 pais. No total, a falta de um
único professor é notada por quase meio milhar de pessoas.
Por outro lado, não entendo porque os professores não podem repor as
aulas em que têm de faltar. Bastaria que, para tal, fosse marcado no horário
escolar uma mancha para esse efeito. Aqui está um mecanismo de gestão que,
incompreensivelmente, não é utilizado e que poderia minorar bastante os efeitos
das ausências pontuais dos professores.
Por outro lado, é preciso entender que os professores têm horários
extremamente rígidos e a um simples atraso de 5 minutos, devido a trânsito
intenso ou outro motivo imprevisto, pode corresponder uma falta de um dia
inteiro, se essa for a única aula do dia, ou, no mínimo, a ¼ de dia de falta.
Quantos profissionais deste País têm penalizações tão gravosas, embora compreensíveis,
por atrasos de 5 minutos?
Além disso, é uma profissão muito exigente em termos de cansaço e desgaste
psíquico. Um dia inteiro a lidar com adolescentes irreverentes é uma tarefa
duríssima, sobretudo, quando se tem de lidar com turmas problemáticas, sem
falar no trabalho que os professores levam para casa. Por isso, por vezes,
quando um professor está "de rastos", nada mais lhe resta que parar um dia,
mesmo perdendo um dia de férias, para recuperar energias ou até a sua sanidade
mental.
Seguramente, não é por causa da assiduidade dos professores que o ensino
está mal. A única excepção sucede quando um professor está de atestado
médico menos de um mês, uma vez que a legislação só permite a substituição
se a ausência for igual ou superior a um mês. O incumprimento do programa
agrava-se ainda mais quando a instabilidade da saúde professor o leva a pôr
sucessivos atestados médicos de curta duração.
São casos raros, mas acontecem e penalizam bastante os alunos. No
entanto, cabe ao Ministério da Educação modificar essa legislação e encontrar
soluções mais criativas para que os alunos não fiquem sem aulas tanto tempo.
d) Avaliação sim, mas objectiva
De qualquer forma, quem não deve não teme e os professores não têm
qualquer problema em ser avaliados, desde que os critérios sejam objectivos e
estejam relacionados directamente com o seu trabalho. Não é aceitável que a
sua avaliação dependa dos resultados dos alunos, pela simples razão de que os
resultados dependem de muitos outros factores, além do trabalho do professor.
Por exemplo, um professor com turmas problemáticas nunca pode ter os
mesmos resultados que um professor com bons alunos. Por outro lado, isso
seria mais um convite ao facilitismo porque, naturalmente, pressionaria os professores
a inflacionar as classificações dos alunos.
Por outro lado, é clara a intenção deste Governo ao fixar numerus clausus
no acesso ao topo da carreira e não querer pagar aos professores, independentemente
do seu mérito ou competência. Ora, como quer o Governo
atrair para a carreira bons profissionais se não lhes paga em consonância? A
proletarização da classe docente é uma realidade típica de países de Terceiro
Mundo, não de países civilizados. E mal vai Portugal se tenciona continuar a
desvalorizar a profissão de professor.
Parafraseando a magnífica frase de Medina Carreira há alguns dias na
RTP, também "eu gosto dos determinados, mas é quando acertam." Como já
aqui demonstrei, a nomeação desta equipa da Educação é um monumental
erro de casting e o País vai pagar caro a política populista e voluntarista que
está a ser seguida neste sector. Em vez de mobilizar energias, Maria de Lurdes
Rodrigues mais não faz do que incendiar o País e comprar guerras inúteis e
despropositadas com os professores.
O descrédito da actual equipa da Educação é total nas escolas portuguesas e,
por mais que isto custe a José Sócrates, tal não se deve a questões salariais,
mas ao facto da sua competência não ser reconhecida. Não se governa um
País com base em estatísticas, sobretudo, quando não se percebe o que está
por detrás desses números. E quanto mais Maria de Lurdes Rodrigues brande
desajeitadamente as estatísticas, mais expõe a sua ignorância e se põe a ridículo
aos olhos dos professores. E muito mal vai uma organização quando os
subordinados não reconhecem a competência do chefe.
Mário Lopes.

in: http://www.tintafresca.net/noticia.aspx?sID=3202&EdicaoUltima=68

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Mais Avaliação...

MUITO IMPORTANTE:

A 1ª GRELHA DE AUTOAVALIAÇÃO DE PROFESSORES

Mas isto agora que se segue é grave.

Muito grave mesmo!!

O incrível sucedeu.

Este mês a ministra da educação foi à assembleia da república e alguns deputados do PS questionaram-na sobre algumas das suas políticas da educação.
Confrontada com essas dúvidas o que faz a ministra...

Responde ?

Não...


Acusa antes os deputados de ao colocarem dúvidas estarem a dar voz aos'professorzecos'...

Assim mesmo, os 'professorzecos'.

Vale a pena?
Vale?
Esta notícia foi publicada no Público, mas, por alguma razão, passou praticamente despercebida, divulguem-na para que se perceba o calibre desta ministra.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Avaliação de Desempenho

Aqui ficam umas dicas!!!



Não tropeçar no duche, de modo a ficarmos incapacitados para nos deslocarmos à escola uns dias, o que afectará irremediavelmente a nossa avaliação.


Fazer cuidada manutenção da nossa viatura, não vá ela falhar e, na ausência de transportes públicos entre o domícilio e a escola, ficarmos tramados pelas razões acima.


Procurar não adoecer de forma alguma, se necessário tomando vacinas duas e três vezes contra toda e qualquer ameaça imaginária na forma de vírus, fungo, bactéria, portaria, despacho ou circular.


Envolver as nossas descendências numa bolha hiperbárica estanque pois, caso elas adoeçam, não podemos faltar sem que isso provoque os efeitos acima descritos.


Proibir qualquer parente de falecer ou, em alternativa, pedir desde já a todos que nos desculpem se falharmos o respectivo funeral (a menos que seja ao fim de semana).


Praticar o sexo mais seguro possível pois se houver descuido lá fica suspensa a avaliação (no caso das professoras).


Zelar pela boa saúde da nossa Coordenadora-Avaliadora e mantê-la feliz com ofertas semanais de doces regionais (a menos que esteja de dieta) ou produtos cosméticos da mais elevada qualidade para manter a sua cútis fresquíssima.


O mesmo para a nossa presidente do CE.


O mesmo para todas as mães dos nossos alunos, acrescentando uma assinatura de uma publicação periódica à escolha para os pais.


O mesmo para os prospectivos autarcas presentes no Conselho Geral, embora deva ser necessário elevar a fasquia para uns jantares em casas de restauração afamadas na região.


Poupar na alimentação e vestuário para suportar os gastos acima.

Tentar manter a sanidade mental, para não passarmos à situação de mobilidade especial.


Usar as seguintes t-shirts nos dias mais convenientes:

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia dos Namorados


É hoje!

Chegou o dia dos namoradinhos!


Deixo-vos aqui a história de S. Valentim e sugestões animadas (lol) e também uma musiquinha para alegrar os tímpanos dos apaixonados.





São Valentim é um santo católico que dá nome ao Dia dos Namorados em muitos países.

Durante o governo do Imperador Claudius II, este proibiu a realização de casamentos no seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército.

Claudius acreditava que os jovens, se não tivessem família, se alistariam com maior facilidade.

No entanto, um bispo romano, chamado Valentine, continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Essas cerimónias eram realizadas em segredo.

A prática foi descoberta e Valentine - Valentim - foi preso e condenado à morte.

Enquanto estava preso, muitos jovens escreviam-lhe bilhetes e entregavam flores dizendo que ainda acreditavam no amor.

Asterius, era uma jovem cega que escrevia bilhetes ao bispo Valentim. Ela conseguiu permissão do seu pai para visitar Valentim e os dois apaixonaram-se.

Milagrosamente, Asterius recuperou a visão.

Os bilhetes trocados entres este casal de apaixonados continham palavras de amor e o bispo assinava sempre: de seu Vatentine - expressao ainda hoje utilizada.

Valentim foi decapitado a 14 de Fevereiro de 270 DC.



NAMOREM MUITO!!!!!!!!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

2ºCEB a tempo inteiro!!!!!

Soube da notícia ontem.
Recebi-a por mail hoje.
Copio-a aqui e, claro, tenho que deixar os meus comentários...porque isto, minha boa gente...é assim...nem sei se ria, nem sei se chore.


2ºCEB a tempo inteiro!!!!!


Pais concordam com escola a tempo inteiro no 2.º ciclo
Lusa 2008-02-12
A confederação que reúne as associações de pais concorda com o alargamento do conceito de "escola a tempo inteiro" ao 2.º ciclo, defendendo ainda uma redução do número de disciplinas e a sua reorganização por áreas de saber.

A ministra da Educação revelou hoje, em entrevista à Agência Lusa, que o Governo vai alargar ao 2.º ciclo o conceito de "escola a tempo inteiro" que introduziu no 1.º ciclo, reorganizando o horário e o currículo, nomeadamente através da concentração de disciplinas.

(então para quê continuar a chamar de 2º ciclo?)

Maria de Lurdes Rodrigues explicou que o modelo será muito semelhante ao do 1.º ciclo, sendo remetidas para "o final do dia" as actividades de enriquecimento curricular ligadas às expressões e ao estudo acompanhado, de forma a "concentrar na parte lectiva o essencial das actividades associadas à aquisição de competências básicas".

(então para quê continuar a chamar de 2º ciclo? Partem do princípio que a "inspiração" para artes apenas surge no final do dia?)

No âmbito da revisão do currículo do 2.º ciclo, que estará concluída até Março, o Ministério da Educação quer ainda concentrar algumas disciplinas para reduzir o número de docentes a leccionar em cada turma.

(pega-se na História e adiciona-se E.M.R.C.; depois de bem envolvidas juntam-se as Ciências com o Inglês sem esquecer uma pitada de numerais decimais e pronomes reativos. Após um brevíssimo intervalo, associa-se a 1ª dinastia com as plantas... - tenham dó!!)

"Iremos trabalhar com o Governo na implementação desta medida procurando aproveitar a experiência adquirida com a 'escola a tempo inteiro' no primeiro ciclo e procurar evitar os constrangimentos práticos que a medida teve na aplicação" à antiga primária, afirmou à Lusa Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), lembrando que a medida estava prevista e pretende acertar o ensino português com o que é praticado no resto da Europa.

(experiência adquirida?????? LOL Obrigar os miúdos a estarem numa sala de aula sempre a ouvir a mesma voz, a ver o mesmo professor. Vamos supor - é hora de colocar a imaginação a trabalhar - que o/a professor/a que está perante uma turma de 28 alunos, é simplesmente inanimado, ou seja, daqueles que utiliza o mesmo tom monocórdico para transmitir conhecimentos, aquele que não é dinâmico e por muito que saiba e explique não consegue chegar ao nível dos nossos alunos. Eu sei que ainda existem colegas assim - e a quem lhe servir a carapuça...! Que rendimento terá uma turma numerosa? Obrigada a permanecer numa sala de aula com estas condições? E se o/a professor/a for exactamente o inverso? Será uma turma de "sortudos" porque tem horas e horas a fio alguém capaz de motivar para a aprendizagem.
Isto é um tema muito delicado, eu sei, mas é a mais pura realidade.
Agora, vocês, da minha geração e não só, ainda se lembram do nosso 2º Ciclo?
Quantos professores tivemos? Quantas disciplinas tivemos? Não foi tão bom? Não aprendemos? Ficamos traumatizados com o facto de termos TANTOS professores e disciplinas?
NÃO! Vos garanto que não.
Uma outra parvoíce, para não lhe chamar outra coisa, é insistir na comparação de Portugal com os outros países da Europa. Vamos andar semre rebocados? Como é que é possível por em prática medidas que resultam noutros países devido a imensos factores (políticos, culturais, sociais) e que no nosso Portugal é impensável devido à discrepância e ao desfazamento desses mesmos factores? Como é que podemos comparar o ensino na Finlândia, por exemplo, com o ensino em Portugal? E o que mais me indigna é haver pessoas que insistem em comparar o ensino português com os outros países, e "copiar" as medidas lá utilizadas, implementando-as cá.
Por acaso já fizeram alguma comparação com o sistema de saúde nesses mesmos países?
Comecem por aí!!

Entre os principais "constrangimentos" verificados na aplicação da medida ao 1.º ciclo, o responsável pelas associações de pais salienta edifícios deficientes e "instalações sem cantinas, pavilhões gimnodesportivos para a componente lúdica e sem salas para a componente de música".

Esse senhor que venha dar uma voltinha pelas escolas todas e veja a realidade pelo país fora!
Já agora deveria ter referido a falta de condições básicas e sanitárias de algumas escolas.
É impressionante observar que a CONFAP diz Amen a tudo o que o Ministério quer fazer. Já algumas vezse questionaram acerca disso?
Eu por acaso não me importava nada de estar também na CONFAP, visto que as remunerações são elevadíssimas. E o que esse senhor ganha...

"Queremos acreditar que, no caso do 2.º ciclo, pela configuração das escolas, este problema não se porá com a mesma acuidade do 1.º ciclo", afirmou. "As escolas EB 2/3 têm esses equipamentos, mas resta saber se é possível articulá-los com o modelo de funcionamento de uma escola a tempo inteiro que tenham estas actividades e outras relativas a miúdos do quinto e sexto anos", realçou.

Ora aqui está o âmago da questão!!!!!!
Mostrem-me por favor onde estão os equipamentos nas EB 2,3.
Vejamos o exemplo dos pavilhões gimnodesportivos, que têm, na maior parte das vezes 3 ou 4 turmas a ter Educação Física ao mesmo tempo. Ora "metem-se" 112 crianças no pavilhão a correr, a jogar, a exercitar músculos etc e depois "metem-se" essas mesmas crianças num balneário para o duche! Lindo, não é?
Mas ainda estou com aquela cena das expressões ao fim do dia a martelar aqui na cabeça!

Os pais concordam ainda com uma redução das cargas horárias e defendem o reagrupamento das actuais disciplinas por áreas de saber.

Concordo com a redução da carga horária...mas então já não será uma 'Escola a tempo inteiro', certo? Será Escola a Part-time?
Para essa redução ser exequível terá de haver uma redução drástica nos currículos das disciplinas. E agora fico mesmo sem saber o que realmente este Ministério quer, se sucesso escolar (pelo saber) ou por outra coisa qualquer (assiduidade, talvez)!

"Há muito tempo que nós dizemos que os currículos do 2.º ciclo e do 3.º ciclo têm de ser revistos. São currículos imensos e faz sentido agrupar as disciplinas por áreas e, nesse ponto de vista, nós não partilhamos a ideia de que possa ser feito por um professor único", defende, realçando que "deve haver pelo menos um professor de língua portuguesa, um professor de matemática e um professor de expressões", as três áreas que considera fundamentais no currículo do segundo ciclo, onde as crianças chegam depois de quatro anos com um só professor.

E lá volto à mesma questão: então para quê continuar a chamar de 2º ciclo? E que nome será dado ao actual 3º?
Ah! Tenho que fazer uma pequena correcção! As crianças não chegam a ter apenas um professor durante os quatro anos no 1º Ciclo. Isso só acontece quando os docentes se encontram efectivos no quadro de escola e "agarram" numa turminha logo no seu 1º ano e ensinam até o 4º. Mas então e as Actividades de Enriquecimento Curricular no 1º Ciclo? As crianças já têm mais do que 1 ou 2 professores. Estão traumatizadas? Não! Pelo feedback que tenho posso afirmar a 100% qe as crianças do 1º Ciclo gostam imenso de ter essa pequena variedade de pofessores à la carte. Só que infelizmente uns "iluminados" pensam que isto é prejudicial. Mas tenho uma teoria que escreverei no final.



"Este é um enorme trambolhão que as crianças dão e, portanto, faz sentido trabalhar por áreas e reduzir o currículo. Esta medida deve procurar recolher o melhor do que são não só as experiências de outros países como ainda a aplicação da medida ao 1.º ciclo cá", disse, considerando que trabalhar por áreas de saber contíguas, como matemática e físico-quimicas, por exemplo, será benéfico para os alunos de forma a reduzir as aulas, as disciplinas e o peso das mochilas, por exemplo.

Trambolhão? As crianças dão-no porque os tais "iluminados" as empurram violentamente!
Acho que as experiências do ensino de há pelo menos 20 anos atrás (no mínomo) é que deveriam ser recolhidas.
Quanto ao peso das mochilas... Quantos livros para a disciplina de Matemática são precisos? 2,3 ou 4. E para Língua Portuguesa? 2 ou 3. Inglês: 2, História: 2, Ciências: 2 ou 3, etc, etc...
Eu tive um livro para cada disciplina e vos garanto que aprendi! E não existiam cacifos na minha escola. Não tinhamos um caderno para cada disciplina. Usávamos uma capa de argolas com blocos de folhas. Incrível! Cabia toda a matéria lá!!
Pensem na reformulação dos livros, reduzir, diminuir.
Um aluno que tenha numa manhã de aulas as disciplinas de: Inglês, Matemática e História equivale a trazer na sua mochila: 6 livros, 3 cadernos, porta-lápis, um ou dois portefólios. E agora se por acaso nesse dia esse mesmo aluno tiver aulas de Educação Física de tarde terá ainda que carregar uma mochila com o equipamento. Isto sim, é violento, concordo. Então há que reduzir o número de livros em primeiro lugar. E pensar noutras medidas depois.


Estou farta de pensar no porquê de surgirem estas ideias da massa cinzenta dos entendidos no Ministério da Educação e farta de ver o apoio incondicional das Associações de Pais às descobertas de medidas fenomenais da Ministra.
FARTA!

Muitas vezes penso: será que alguma vez na vida estes "senhores" foram crianças?
Será que durante a infância, estes "iluminados" foram vítimas de maus tratos, de violência doméstica, infantil ou outros?
Será que por terem sido tão massacrados na escola (resta saber a razão) se estão a vingar desses velhos tempos e atiram-nos com isto tudo?
Será que é mesmo verdade o que dizem: a Ministra deita-se a pensar [ Como é que vou lixar os professores amanhã?] e acorda a pensar: [Como é que vou lixar os professores hoje?]
Começo a acreditar que há uma explicação no inconsciente de cada um que inventa uma medida fantástica.
Psicólogos, psiquiatras, terapeutas, neurologistas precisam-se!

Agora viro-me para os alunos.
O que será que eles pensam acerca disto tudo?
Qual a opinião deles?


E agora é a vez dos pais.
Já se esqueceram do vosso tempo de escola?
Daqueles anos em que tinham uma "carrada" de disciplinas e professores, oh meu Deus, isso de alguma forma afectou-vos o crescimento intelectual?
Já não basta enclausurar os meninos numa sala para ter aulas de substituição enquanto podiam estar a brincar, a conversar, a crescer? Sim, porque nós aprendemos a ser sociáveis e a desenvolver as nossas amizades durante essas horitas em que não havia aulas.

Deixo-vos o link do texto comentado. Amei o comentário do Carlos Nunes, Torres Novas.
Não deixem de ler por favor porque é a mais pura verdade.

http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=45FB3C293A7E1812E04400144F16FAAE&channelid&opsel=1


Onde vamos parar?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Dia de S. Valentim - I

Dia de S. Valentim,
Dia dos Namorados,
Dia do Amor,
Dia dos Beijinhos,
Dia dos Casados, dos Juntos, dos Apaixonados, etc, etc.

É só Marketing.

Tiram-se as máscaras, as serpentinas, os confetis das montras para a decoração ser totalmente diferente e dá-se então lugar à cor vermelha da paixão, aos ursinhos de peluche com corações, às canequinhas românticas…
Pena haver ainda muita gente que só neste dia se lembra que tem alguém a seu lado para amar.
Pena que só neste dia essas mesmas pessoas se viram para o/a companheiro/a da vida e digam com uma voz seca: “Hoje é o Dia dos Namorados.”
Como que se quisessem desculpar de algo e depois não haja hipótese de dizer que se esqueceram da data. Bem, afinal disse que era o dia dos namorados.
Sim, lembrou-se, é um facto.
Mas bastam uns míseros euros para adquirir algo simples, bonito e com sentimento para oferecer à nossa cara-metade.
Bem, o que vale é mesmo a intenção.
Basta uma flor, basta um beijo, um jantar romântico (que não tem que ser à luz de velas – porque queremos ver muito bem as palavras que os olhos nos dizem).
Ao meu amor quero dar uma coisa muito especial.
Mas o quê?
Já possui o meu coração, já tem todo o meu amor.
Que mais posso oferecer?
Mas muito sinceramente, o dia dos namorados – que deverá ser comemorado e lembrado todos os dias – tem que ser marcado por algo de fantabulástico!
Amigos, dispam-se de preconceitos e dirijam-se à loja de Lingerie mais próxima.
Esqueçam as almofadinhas em forma de coração (que só servem para ganhar pó numa prateleira), esqueçam os tais ursinhos, as tais canecas e invistam!
Ide escolher uma bela peça arrojada de fazer crescer água na boca da vossa cara-metade.
Sim, porque é sempre preciso alimentar o amor da relação e nunca cair na rotina!
Ainda aí estão?
Bora lá malta!!!!!


Free MySpace Layouts Graphics and Codes


(Sim, o tal "descanso já viu o seu fim!...voltei...hehehe)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Descanço...

People, tou numa de descansar.
Não...não estou de férias, nem de atestado, mas vou fazer uma pausa (sem Kit-Kat) aqui no blog.
Também...as visitas não são muitas, por isso...
Volto daqui a uns tempinhos, ok??
Recados Para Orkut - RecadosOnline.com




FIQUEM BEM!!!
Até breve!!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Máscaras - Parte II

Área de Projecto.

O tema é: "As Estações do Ano"
(no final do ano lectivo faço aqui uma compilação dos nossos trabalhos)

Antes de mais, devo salientar que o meu par pedagógico é do melhor que há!
A Salomé trabalha muito bem, tem cada ideia!!! Assim vale mesmo a pena!
Continuando.
A turma pesquisou o tema Carnaval (tradições, costumes, origem, etc).

Para a exposição, fizeram máscaras de gesso. Muito simples de fazer, deixo aqui os "ingredientes"...
água
ligadura de gesso
creme gordo (vaselina, por exemplo)
folhas de papel higiénico



e o "modo de preparação":
desenrola-se a ligadura e cortam-se tiras de 4 cm cada;
deita-se água numa pequena bacia - para molhar as tiras da ligadura de gesso;
espalha-se muito bem o creme na cara;
coloca-se uma folha de papel higiénico nas sobrancelhas (senão é depilação na certa!);
molham-se as tiras, uma a uma, e colocam-se na cara pelo menos 2 camadas;
deixa-se secar (5-10 minutos);
retira-se com muito cuidado e já está!

O ideal é a "vítima" (hahaha) estar deitada, relaxada, com música ambiente, enquanto nós fazemos a máscara.
A máscara deve secar bem antes de ser pintada (3-4 dias).
Os guaches dão um efeito bonito, mas claro, os acessórios que podem ser colados na máscara dão-lhe um efeito ainda melhor!


Durante 3 semanas de trabalho, as máscaras ficaram prontas a tempo de podermos fazer a exposição na entrada do Bloco. Foram também distribuídos "Problemas de Carnaval" aos professores.

Antes de fazermos as máscaras, os miúdos estavam ansiosos pois era novidade para eles e o facto de estarem com os olhos e a boca tapados assustava-os um bocado, mas só um bocadinho:

- Antes de fazer a máscara todos me diziam: “Tem calma! Vai tudo correr bem! Respira fundo.”
Diziam também para me tranquilizar.
Ana Rita Pacheco

- Cheguei a pensar que a máscara não iria sair da cara. Foi muito engraçado e divertido. Ana Teresa Martins

- (antes) Eu estava muito nervosa porque teria que estar muito quieta, relaxar todos os músculos da cara, não me rir, não mexer a boca, senão a máscara ficaria estragada.
(durante) Tentei concentrar-me ao máximo para que tudo corresse bem.
(após) Para a máscara sair, tive que mexer os músculos da cara, encher as bochechas com ar, e foi fácil. Afinal, não havia razão nenhuma para eu ter ficado nervosa. Cláudia Teixeira

- Enquanto estávamos a fazer a máscara parecia que estávamos a ser massajados. Foi muito divertido! Daniela Carvalho

- Eu tinha a cara muito fresca e muito confortável. Jorge Alves

- Senti frescura por toda a cara quando estava a fazer a máscara. Tive receio no início porque pensei que não ia conseguir respirar. Foi uma experiência única, nunca senti e adorei fazer a minha máscara. João Marques

- Foi uma sensação linda, gostei muito de fazer a máscara! Pedro Morais


domingo, 3 de fevereiro de 2008

Por água abaixo

É preciso ter azar!!!
Logo hoje, tinha que chover!
Tudo preparado para o desfile de Carnaval, e a chuva teimou em estragar a folia.
Logo hoje!
Já estava com os nervos à flor da pele quando acordei. Ainda tinha esperança quando accionei "radar-escuta", mesmo ali na almofada. Ouvi as pingas lá fora. F..............!!!!
Este ano decidi desfilar no cortejo de Carnaval da terra.
Foi tudo por água abaixo, e mesmo por causa da água.
Claro que não vou revelar o meu disfarce...o Carnaval ainda não terminou...a esperança muito menos!
Mas estava tudo preparado para curtir a minha "personagem".
Paciência! Fica para a próxima!
Bem, continua a chover (e de que maneira!).
O melhor é ver um filme, descansar um bocadinho (os testes ficam para depois).
Até já, malta!
Curtam ao máximo!
É Carnaval e ninguém leva a mal!!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Máscaras - Parte I

É pelo Carnaval que ouvimos falar em "Máscaras", é nesta época do ano que todas as pessoas pensam, pelo menos uma vez, nas máscaras.
Não existe ser humano que não pense para os seus botões: "que máscara escolhia se fosse a um baile de máscaras?"
Pois é, caros amigos.
Mas afinal de que máscaras estamos a pensar?
Todos nós usamos máscaras.
Temos uma especial para as ocasiões especiais, para os dias felizes, para os dias mais tristes.
Usamos máscaras quando estamos perante aquele tipo de pessoas de quem não gostamos minimamente (mas lá temos que fazer um esforço para as enfrentar, mesmo com um nó na garganta; usamos máscaras para esconder os nossos sentimentos, naqueles dias em que não permitimos que ninguém descubra o nosso estado de espírito; usamos máscaras para podermos mostrar que somos alegres, felizes, com uma estupenda vivacidade...
Usamos máscaras quando não queremos enfrentar a realidade.
E quando é que finalmente tiramos a nossa máscara?
Quando não existe ninguém por perto, capaz de descobrir que afinal de contas, nós permanecemos a pairar sob o oposto do sentimento de alegria.
Aí sim, revelamos o nosso EU, desvendamos corajosamente o nosso verdadeiro rosto. E suspiramos de alívio... "hoje consegui, não houve ninguém que decifrasse as minhas verdadeiras emoções!"
E no dia seguinte voltamos a colocar a máscara e estamos prontos para enfrentar uma nova etapa da nossa vida.
Não uso máscaras, não consigo. Bom...confesso...evito ao máximo...
Quem me conhece já sabe quando estou lá em baixo, prestes a escorregar por um infinito abismo.
Quem me conhce já sabe quando estou lá no topo, capaz de erguer até ao espaço todos os que me rodeiam.
Não necessito de máscaras. Por vezes uso uma transparente.
Sabem porquê?
Porque tenho Amigos!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Carnaval...Férias???? LOL


E pronto, já estamos no último dia de aulas antes do tão esperado Carnaval.

As crianças andam entusiasmadíssimas com as máscaras, com as suas roupas, com os disfarces, com as férias...


Férias???


Férias???


Férias???

Quem me dera ter agora umas férias, mas em vez disso tenho "apenas" 75 testes de Língua Portuguesa para corrigir.
Se repararmos bem, 75 testes até nem é uma quantidade assustadora (principalmente para aqueles colegas que têm 6,7 turmas), mas cada qual queixa-se dos males de que sofre...
75 testes, constituídos por 4 páginas... 75x4= 300
São "apenas" 300 páginas para corrigir nestas [férias].
YA, Tá-se!!!
Miúdos, aproveitem bem a vida de estudante, sim???
Que eu também vou aproveitar este CARNAVAL para me distrair (e mascarar, claro!)
Hummmm...... Máscaras.... um tema interessante para desenvolver aqui....noutro dia...