Desabafos...



Quem não precisa de desabafar de vez em quando? Mesmo que seja apenas por um minuto, escrever no teclado é um mecanismo de defesa que nos liberta...
Desabafar, comentar, às vezes "cuscar"...sim, vamos a isso!



domingo, 29 de julho de 2007

The last one...

Domingo...

O calor invadiu o país, o sol abrasador insistiu em aquecer a nossa massa cinzenta (não utilizada por muitos).

As praias viram-se recheadas de seres famintos de bronze, de água salgada, de areal.

E eu aqui, na boa, a descansar, e a meditar...

Questiono-me agora sobre isto:

"Serás tu o último??"

Espero que sim!!!!!!!!!!!

sábado, 28 de julho de 2007

Definição

"Meu amor"... - disseste tu.
Li como se fosse a primeira vez que tal expressão surgisse para mim, a mim dirigida.

O sangue borbulhou
num oceano de gelo
que fervilha...
e percorreu-me,
levitou-me.

Define o que sinto,
ilucida-me.

Não é pedir muito.

Cada vez que te vejo,
a voz emudece,
a respiração intensifica,
invade um estranho tremor
pelo "eu"...

As palavras fogem,
abandonam-me,
impõem o meu estado
de orfã de letras,
de todas as expressões
possíveis de serem proferidas
neste momento.

Define o que sinto.

Ilucida-me.



Patrícia Cruz

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Silêncio


Permaneço calada,
num quadro belo
onde nada tem valor próprio,
valor verdadeiro,
valor inconfundível.
Nada,
nesta minha visão,
se confunde com o meu ser.
Nada,
extensível a mim,
se contorce,
se atropela na minha avenida da vida.
Tudo o que me rodeia
é fiel,
é inimitável,
dependente
aos traços da existência.
É impossível imaginar
um completo silêncio
vagueando
por entre o vento,
por entre o vago,
emanando lágrimas,
propagando a minha raiva,
o meu ódio,
a minha dor...






Patrícia Cruz



quinta-feira, 26 de julho de 2007

Desaparecimento


Algo de mim já foi embora.
Fugiu e deixei escapar.
Algo de que não me lembro.
Apenas vi partir
o que não mais voltará.
O que é não me lembro.
Esqueci.
Perdi na memória.
Mas saudades não tenho.
Não sei o que partiu
nem me sinto só.
Foi algo que desapareceu
no instantâneo.
Deixei escapar e nem sei o quê...



Patrícia Cruz

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Sono

(Salvador Dali - Sleep [1937])



Deitei-me.
Adormeci numa planície.
Escalei uma nuvem.
Caí.
Chorei.
Lutei para sentir amor.
Percorri sentimentos vagos,
inúteis.
Acordei.
Permanecia sozinha.
Amava sozinha.
Amei...
Morri.



Patrícia Cruz

domingo, 22 de julho de 2007

...Só tu!...


Chove...
Está escuro e apenas observo as gotas da chuva que deslizam pela janela.
Parecem apressadas, desorientadas, perseguidas por outras que a elas depois se juntam.
O rio, lá em baixo, corre velozmente, apressado, mas não desorientado.
Embate em cada pedra que se atravessa no seu caminho.
Foge da chuva tal como eu fujo da mediocridade.
O céu, esse, cobre-me com o seu manto negro, capaz de pressionar o mais forte dos troncos das árvores que me rodeiam, revertendo-as em apenas meras raízes...
Olho e vejo o som monótono do gotejar arrítmico que nem sequer sabe o que proferir para me renascer numa doce carícia e me despertar para a vida.
E a lua?
Não a encontro, não a vejo.
Escondeu-se sob o manto provocador que sobre nós prevalece.
Quem me ilumina agora?
Quem me orienta, agora que o luar deixou de existir?
Saberás tu a resposta?
Serás tu capaz de denunciar esse ser que me transmite a paz, a harmonia, a felicidade tal como um orientador raio de luz incandescente?
Sei onde estás, sei onde queres estar, sei onde estaremos.
Basta um olhar para sabermos o que não é dito.
Basta o respirar para termos a certeza do que percorre na nossa alma.
As palavras?
As palavras... essas são partilhadas na alegria do silêncio...
Os pensamentos, os sonhos, os desejos nascem sem palavras e da mesma forma se encontram depois, rejubilantes, naquele silêncio transcendente.
As gotas da chuva espreitam para ler o meu pensamento, mas apenas tu o consegues!
O manto escuro, pressiona-me de encontro a uma plataforma desnivelada, tentando, a todo o custo, intimidar-me para que eu revele todos os sentimentos, mas apenas tu o consegues!
A lua escondeu-se, mas ela sabe.
Não é cúmplice, porque ela me conhece... e tu também!
Partilho agora este silêncio...
Chiuuu...
Não digas nada...
Sente apenas o que sinto...
Porque só tu sabes!

...Patrícia...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Para Reflectir!!


"Posso ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida
é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e tornar-se um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."





(Fernando Pessoa)

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Cultura vs Mania da Sabedoria


O povinho acha-se culto, sábio, com uma desenvoltura de ideais invejável.

É vaidoso no que diz respeito à sua opinião, vangloria-se com as suas críticas...

Mas na hora da verdade...

Eventos culturais? - «Não servem para nada! Ainda se fosse um joguito de futebol, isso sim, valia a pena... ou então uma cervejinha gelada no café... Agora perder tempo com leituras, debates, problemas do quotidiano???»

O povinho continua com a "mania" que sabe tudo e de tudo... (estará ele a referir-se às telenovelas?)

Eu cá vou fazendo a minha parte.

Umas vezes melhor, outras nem por isso, mas tentar cumprir o meu dever é primordial!

Tenho-me dedicado à leitura, para além de, evidentemente, navegar na net...

Leituras:

último > "Câma Escura (revelação)" de Joaquim Amândio Santos

actual > "Visto do Céu" de Alice Sebold

próximo > ...aceito sugestões...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Interregno Vírico!


Boas!

Declaro que não consegui solucionar o problema do meu computador por ser uma verdadeira leiga no que diz respeito à informática...

Vírus = Problema

O Blog esteve estagnado por uns dias (poucos).

Tentei de tudo:
- instalar novo antivírus;
- desinstalar alguns programas não utilizados;
- desfragmentar o disco ...e...nada!

Há que formatar, então, o pc.

Claro que (como é hábito de je, moi, me, myself and I) não me lembrei de gravar tudo...o que significa que perdi, para além de informação e documentos, alguns joguitos, fotos, programas, etc...

Já nem falo nas caixas de mail que ficaram a transbordar...

Bem, aqui estou eu "back in business".

Façam o favor de me aturar!!!

terça-feira, 17 de julho de 2007

Aniversário


Pois bem, "aniversário"...

É uma palavra associada a alegria, festa, convívio, bolo, presentes, amigos, champanhe, diversão, música...
Enfim... fazendo um brain storming, encontramos uma infindável lista de palavras.
Mas eu escolho as seguintes:

Amigos:
Sim, amigos!
Mas Amigos verdadeiros; Amigos que, se preciso for, despem a sua camisa para nós a vestirmos; Amigos que não se limitam a secar as nossas lágrimas - eles não deixam que elas apareçam; Amigos que lêem nos nossos olhos os sentimentos mais escondidos sem termos que proferir uma única palavra; Amigos...


Bolo:
Sim, bolo!
Com massa folhada, de preferência... (sou gulosa, confesso...)

Nostalgia:
Sim, nostalgia!
Por mais estranho que pareça é um estado que se apodera do meu ser... no dia de aniversário...
É um momento de instrospecção, de reflexão, de análise comportamental - e não só -, de acumular de culpas e de vitórias, de tristezas e de alegrias...
É também quando me apercebo (finalmente) de quem me rodeia, de quem me apoia.
Não há lugar para arrependimentos, mas sim para lições de vida.

Nasci há 33 anos...
O meu aniversário equivale a um dia normal, onde procuro esquecer todas as coisas menos boas e abrir as portas para mais 52 semanas de pura alegria, prazer, amizade, VIDA!!!


Parabéns a todos!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

DOURO!!!!

Uma viagem (bem merecida!) após as intermináveis reuniões de Avaliação, Departamentos...

No dia 10 de Julho, o nosso grupo compareceu na Escola por volta das 7h15m.

O autocarro lá estava à nossa espera para o transporte até à Estação de S. Bento.


Entrámos animadíssimos na carruagem e, ao som do apito na Estação, iniciámos a 2ª etapa: percorrer a Linha do Douro até à Estação da Régua.
Dirigimo-nos depois ao Cais e embarcámos naquela que seria a viagem principal: descida de barco!




O almoço estava saboroso, mas o calor não ajudou...



Protector, bronzeador, óculos de sol, chapéus, nada disto foi poupado...




Absorvemos todos os pormenores dos vales com um olhar encantado que tentava captar uma das mais lindas paisagens no nosso país: DOURO!!




Foi magnífico, verdadeiramente magnífico...



No Cais de Gaia, lá estava novamente o autocarro que nos devolveu à Escola... e à realidade...


STOP


Pára!
Não me vês?
Esse silêncio ensurdecedor
esmaga o meu fragilizado tímpano,
destrói a vivacidade
do meu simples gesto,
corrói o intragável medo da solidão.

Nada mais vale a pena!!...

Percorres, no sentido oposto,
um vasto percurso
do qual me vedas a entrada.

Grito e não me ouves,
emudeci num sussurro,
desisto do apelo.

Não páres!
Não me vejas!
Não me escutes!

Esse teu caminho
resume-se a um deserto beco sem saída...

E eu...
Eu iniciarei uma livre e imortal viagem...
...até ao meu destino!

Patrícia Cruz

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Câmara Escura (revelação)


Será já no próximo dia 14, pelas 21 horas, que a Cidade de Lordelo será a anfitriã de um ilustre convidado, bem conhecido a nível nacional.

Joaquim Amândio Santos, possuidor de um notável Curriculum, fará a apresentação do seu mais recente livro "Câmara Escura (revelação)", na Biblioteca da Fundação A LORD.

Aproveito para transcrever:


"PÉTALAS


quando te venero
a textura dos meus abraços
cumpre o doce amplexo
com que as pétalas amam o coração das rosas.


quando te sossego
a ternura dos meus afagos
nasce da amorosa linguagem
que constrói os sulcos das folhas.


quando te saboreio,
a dádiva dos meus beijos
ostenta a firmeza perfeita do caule
por onde passo a caminho do teu céu.


quando são rosas,
ouves o meu búzio.
recebem teus ouvidos
os compassos perfeitos da nossa sinfonia.


entranhados no teu coração
erguem o segredo que te nutro.
sólido, suavemente sólido,
onde pulsa o amor."


de Joaquim Amândio Santos





Razão...


Qual a razão da tua existência
Se a razão do meu viver
Me foge entre as mãos?

És um fumo jamais alcançado
És um rio jamais explorado...

Qual a razão da minha existência
Se a razão do teu viver
Te escapa por entre os dedos?

Sou um sentimento desejado
Sou um horizonte jamais tocado...

Mas a razão da nossa existência
É a razão da nossa vontade
É a razão da nossa harmonia
É simplesmente a ânsia por um dia de pleno prazer vivenciado!


Patrícia Cruz

domingo, 8 de julho de 2007

Quantas cobras conheces???



Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo que só vivia para brilhar.
Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada.
No terceiro dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que te vou comer, podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te alguma coisa?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!

E é assim...diariamente tropeçamos em cobras!
Há muitas cobras que queriam ser pirilampos só pelo simples facto de pensarem que poderiam um dia ser comidas.
Sim, conheço cobras... cobritas que rastejam, que se esgueiram pelos mais imundos caminhos à espera de comer...
Sim, também conheço pirilampos...
pirilampos cintilantes...
pirilampos incandescentes cuja presença aniquila qualquer ser, que, ofuscado pelo magnífico brilho, é ignorado.
Ora, esse ser, que pensava ter também um "pisca-pisca" luminoso era nada mais nada menos do que uma cobrita, uma coisinha rastejante!
Então pensou: "Vou comer pirilampos! Talvez eu consiga emanar alguma luz tal como uma lanterna..."
O mais ridículo é que as cobras não se apercebem que lá por comerem o pirilampo não quer dizer que passem a ter o seu brilho!
Não quero ser pirilampo e muito menos cobra.
Embora viva cercada por cobras, tento camuflar algum indício que as possa confundir-me com um pirilampo...
É que já fui mordida por cobras, aquelas cobras frustradas e invejosas, mas ainda estou aqui!!
Confesso que até me dá um certo gozo saber que essas cobras estão desejosas por me engolirem na primeira oportunidade!!...

E tu?

És cobra ou pirilampo?

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Encontra-o!!


Para as minhas amigas saberem o que procurar e para os meus amigos saberem o elas procuram...

Encontra o homem que te chama bonita, em vez de boa...

Que te telefona quando lhe desligas o telemóvel na cara...

Que fica acordado só para te ver dormir...

Espera pelo homem que beija a tua testa...

Que quer mostrar-te ao mundo inteiro...

Que fica de mãos dadas contigo à frente dos amigos...

Espera pelo homem que está constantemente a lembrar-te do quanto significas para ele...

e de quanta sorte ele tem de te ter...