
Esvoaçam as folhas caídas no chão,
no meu chão,
que desapareceu ...
Pairam todas as recordações,
desfalecidas,
sob o céu negro do dia.
O nevoeiro abraça o sentimento,
a dor de imaginar,
a cruel agonia de reviver
as sensações passadas,
o medo,
a angústia de sofrer.
Regelam os sorrisos de outrora
petrificados pela ausência do ser.
O vazio é preenchido pelo nada.
O horizonte é repleto de ténues abraços.
Segredas-me felicidade.
Murmuras-me paz.
Apagas o negro do meu céu,
elevas um sólido chão,
e as folhas crescem novamente
na árvore da vida.
Patrícia Cruz
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