Desabafos...



Quem não precisa de desabafar de vez em quando? Mesmo que seja apenas por um minuto, escrever no teclado é um mecanismo de defesa que nos liberta...
Desabafar, comentar, às vezes "cuscar"...sim, vamos a isso!



sábado, 25 de agosto de 2007

Foi Feitiço...???




"Eu gostava de olhar para ti,
E dizer-te que és uma luz,
Que me acende a noite, me guia de dia e seduz.

Eu gostava de ser como tu,
Não ter asas e poder voar,
Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar.

Eu não sei o que me aconteceu.
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém,
Como tu.

Eu gostava que olhasses para mim,
E sentisses que sou o teu mar,
Mergulhasses sem medo, um olhar em segredo, só para eu
Te abraçar.

Eu não sei o que me aconteceu,
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu.

O primeiro impulso é sempre mais justo, é mais verdadeiro.
E o primeiro susto dá voltas e voltas na volta redonda de um beijo profundo.

Eu...
Eu não sei o que me aconteceu.
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém,
Como tu...
Eu...
Não sei o que me aconteceu,
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém,
Como tu...
Como tu."


André Sardet...ele sabe, percebe mesmo do assunto: AMOR!!!

Mas comigo não foi feitiço nenhum.
Porque é real, verdadeiro, autêntico, grande, magnânimo, vero, sólido, positivo, concreto, fiel, magnífico, verídico...

Eu já sei o que me aconteceu...

E tu, também sabes???

sábado, 18 de agosto de 2007

Desleixo????

Ora nem mais!!!
Uma semana após a última postagem ... e mais nada.
Não há desabafos que resistam nestas férias.
Também às vezes me questiono se por algum acaso alguém vem aqui ler.
Como a resposta é negativa, óhhhhh meus amigos, desculpem-me mas eu estou a guardar os desabafos para outra altura.
Talvez...daqui a umas horitas, quem sabe.
Pois, mas acreditem ou não, mesmo estando de férias continuo a ter muita coisa para desabafar. Mas não sei até que ponto serão públicos esses tais desabafos.
Não que tenha segredos, nada disso...ou será que tenho...está claro que toda a gente os tem.
Mas até à data...guardarei tudo para mim.
Vou dar uma de egoísta e pensar duas, três, quatro ou até mesmo cinco vezes se escreverei algo aqui.
Chamaram-lhe de ogiva nuclear...Ah Ah Ah.
Será???
Talvez até seja...
E por essa razão guardo aqui bem guardadinho.
Até breve pessoal.
Não se preocupem, direi tudo o que guardo!!!
Continuação de boas férias (para quem as está a gozar) e bom trabalho (para quem o está a gramar).

sábado, 11 de agosto de 2007

Douro...



Douro...
Já alguém mencionou toda e qualquer comparação harmoniosa que transcende o imaginário...
Cresci no Douro...
Os melhores momentos da Infância foram vividos no Douro...
Aprendi a nadar no Douro...
Enquanto percorria os quilómetros lado a lado com o rio, todo o meu ser se concentrava na paisagem única, verdejante, fresca, pura, tenra, naturalmente bela...
Douro...
Fechando os olhos, viajo instantaneamente com um bilhete de ida (não de ida-e-volta) e a mente se liberta, subindo e descendo os degraus das vinhas, correndo através dos vales, sentando-me como espectadora privilegiada naquele que é o maior e majestoso anfiteatro de todo o Universo... o Douro...
Douro...
Douro...
A saudade torna-se insuportável,
O desejo torna-se insaciável,
A escrita... essa torna-se impossível...
Douro...
... espera por mim...

Patrícia Cruz

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

LOVE


Amor…
Quem nunca esteve apaixonado?
Atreves-te a dizer que não sentes algo de tão forte, inexplicável, sensacional, fantástico?

Amor…
Um sentimento que nos faz pairar no ar, que nos faz esquecer do tempo, que nos faz permanecer perdidos nos encantos da nossa alma gémea…

Amor…
Que palavra tão abrangente, que nos abraça e acaricia num toque sedutor e nos faz sentir a leveza da alma, a paz de espírito, a vontade selvática de partilhar a ternura, de ver crescer uma felicidade plena, uma vida inteira de alegrias, um caminho que nos lidera, guia e encaminha rumo ao mais puro dos sentimentos.

Amor…
Tens o comando do meu coração.
Mas isso, tu já sabes.
Certo??

Patrícia Cruz

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Ser professor hoje...

Ser professor hoje: valerá a pena remar contra a maré?

Público, 04.08.2007, Leonel Bacalhau

O difícil é conseguir convencer o "sistema" de que "passar" um aluno que sabe zero não é ajudá-lo (...)

Todos os dias ouvimos (e vemos) empresários a explicar porque transportam as suas empresas para a República Checa; para a Eslovénia; para outros países do Leste da Europa. Porquê? Eles respondem: salários mais baixos; uma cultura de valorização do trabalho e, principalmente, uma formação académica geral de qualidade.
Na União Europeia, a média das populações activas com pelo menos o nível secundário de ensino situa-se nos 75 por cento. Nos países do Leste europeu ronda os 98 por cento. Em Portugal andará pelos 20 por cento.
Mas pior que as estatísticas sobre o "nível de escolaridade" são as estatísticas sobre a "qualidade" da formação dos portugueses.
Mais uma vez os empresários explicam: para trabalhar numa fábrica, os operários têm de conseguir compreender as ordens; ler e compreender as instruções, etc., e uma grande parte dos jovens que sai do "secundário", para já não falar do "básico", não consegue compreender/traduzir as instruções escritas simples.
Dito de outro modo - são analfabetos funcionais.
Assim sendo, Portugal está em risco. Não podemos concorrer com os trabalhadores chineses. Não somos capazes de concorrer com os eslovenos ou com os lituanos, etc.
Que fazer?
Só há um caminho. Preparar os jovens para o futuro. Ensiná-los a pensar. "Exigir-lhes" que aprendam!
Os professores são pessoas com formação superior. São elites intelectuais. Têm (temos) obrigação de ajudar os jovens a prepararem-se para que possam construir em Portugal uma vida digna!
O que podemos fazer pelo nosso país?
Parece-me simples... temos de fazer bem o nosso trabalho e exigir condições para tal.
Qual o trabalho do professor?
Primeiro, ensinar e ensinar a aprender (ensinar a pensar).
Em segundo, avaliar os conhecimentos adquiridos pelos alunos/formandos.
A "escola de excelência", na minha perspectiva, não é a que obtém bons resultados no papel (medidos pelo nível de "sucesso", traduzido este em percentagem de "passagens").
A "escola de excelência" é a que prepara os jovens para enfrentar o futuro difícil que têm pela frente.
"Passar" alunos é extremamente fácil. "Dar" dez não implica qualquer esforço excepto o de "adormecer" a consciência profissional. Até porque toda a gente fica contente e ninguém questiona a excelência do professor que "passa" toda a gente!
O difícil é remar contra a maré.
O difícil é dizer não.
O difícil é dizer basta.
O difícil é conseguir convencer o "sistema" de que "passar" um aluno que sabe zero não é ajudá-lo.
Não é promover a sua mobilidade social ou sequer a sua sobrevivência económica.
É, simplesmente, enganá-lo; enganar a sua família e condená-lo à marginalidade económica e social.
Repare-se que o conhecimento é uma "escada".
Cada patamar permite adquirir conhecimentos do patamar seguinte. Mas ninguém consegue chegar ao último degrau se não percorrer o primeiro.
"Passar" um jovem que não sabe o suficiente num dado patamar é condená-lo à incapacidade de aprender alguma coisa no patamar seguinte.
Será isto difícil de compreender?
Nós, os professores, temos obrigação de ser bons a pensar e a interpretar a realidade que nos cerca.
E a actuar em conformidade."
Esqueçamos a ministra. Bem ou mal faz o trabalho dela e um dia será "despedida".
Façamos nós bem o nosso trabalho, porque este vai ter reflexo no país nos próximos 40 ou 50 anos. No país onde nascemos e queremos viver.
É por estes valores que luto todos os dias nesta nossa profissão: ensinar; motivar; ensinar a pensar; avaliar para aquilatar das capacidades de progressão dos meus alunos.
Estarei só?
Às vezes até parece! Mas tenho a certeza de que "só parece".
Tenho a certeza de que cada um de nós saberá responder à questão:
"O que posso fazer pelo meu país?"

Professor

(O artigo, escrito no dia em que faleceu, vítima de enfarte, foi-nos - Público - enviado pela viúva)

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Falta de...???

Falta de tempo?
Não!
Falta de vontade?
Não!
Falta de assunto?
Não!
Falta de…
…de nada!!

A preguicite aguda voltou a atacar, mas desta vez foi forte. Deu com força aqui no meu mecanismo operativo cujo sistema hibernou. Para uma descarga de consciência sentei-me aqui várias vezes, abri a página, e quando me preparava para escrever surgia algo de novo para fazer: o descanso! Tanta coisa para dizer, para escrever, para desabafar, mas a preguiça fala e escreve mais alto e mais forte.

O calor não ajuda, aliás, é um óptimo argumento para cruzar os braços, é uma desculpa para encostar-me e deleitar-me numa fresca sombra de tarefas adiadas.

E eis-me agora aqui, a olhar para este espaço vazio de palavras, com uma gana tão forte de escrever o que sinto, mas o ócio venceu-me uma vez mais. E onde procurar o melhor antibiótico? Mas será que existe algo eficaz para combater este estado que se apodera de mim, que comanda todos os meus impulsos, que guia todas as minhas vontades?

Que me indiquem, por favor, o local mais apropriado para adquirir o antídoto que isole e aniquile esta poderosa moleza.


Que tenham todos umas boas férias, divirtam-se, sejam felizes, gozem a vida, façam tudo o que eu faria!!!!



Até breve!!